domingo, 17 de dezembro de 2006

O futuro dos jogos

Desde quando eramos pequenos e cultivavmos o prazer de jogar videogames sempre pensávamos: como serão os jogos do futuro? Será que eu poderei mover minha mão e o personagem responder? Será que poderei "entrar" no jogo?
Dúvidas como essas eram freqüentes e ainda o são devido aos mais recentes avanços da tecnologia que não param de acontecer. Desde o atari até o moderno PlayStation 3 passou-se muito tempo, e que tempo..., mas há muitos indícios de como será o futuro dos jogos, ou pelo menos o que podemos esperar dele, porém antes de comentar podemos fazer uma breve retrospectiva:
1969 - Nascia o primeiro videojogo, Spacewars, feita para uma mostra de supercomputador nos Estados Unidos e que consistia de uma nave atacando aliens, todos de aparência quadrada.
197? - Primeiros telejogos, Odyssey, primeiro videogame que era conectado a televisão e com seu hoje famoso e clássico jogo, Pong. Consistia de um quadrado sendo rebatido por retângulos, e ainda por cima para se poder jogar tinha que se colar uma faixa especial, algo assim na televisão para que a imagem do jogo pudesse ser vista e logicamente jogada (duh). Entretanto foi daí que nasceram os primeiros aficcionados por videogames, pessoas que o tinham como admiração e que muitas já idealizavam um futuro melhor. Muitas das quais criativas e que futuramente formaram sua própria companhia e tinham idéias inventivas a respeito do futuro dos jogos.
Anos 80, Atari em suas encarnações 2600, 5400, 7200, todas com seus jogos, que já faziam su
cesso como transposições de Arcade como Pac-Man, Tank, além de outros milhares de títulos
Épocas áureas essas, porém, videogame era considerado coisa de criança e não era tão difundido quanto hoje. Contudo foi nessa época que nasceram ou se consolidaram empresas como Capcom, SNK, a própria Atari, Konami, etc.
Final dos anos 80, a Atari por diversas questões perde mercado e há uma súbita perda de interesse no mercado de jogos, parece que ninguém mais quer saber de jogos e parece que videogame é uma coisa passageira e que não terá mais sucesso, parece...
Até que perto no finalzinho dos anos 80, começo dos anos 90 surge uma companhia japonesa no pedaço, uma que no começo do século anterior fabricava baralhos e depois disso passou até mesmo a fazer um arroz instantâneo, fracasso de vendas, e que começava a fazer sucesso no Japão, aonde a tal crise de videogames que existiu nos Estados Unidos como relatado acima não existiu. Seu nome, rapazes...
...nada mais, nada menos do que Nintendo (deixe o destino para o céu, na tradução para o português), com um console denominado Famicom. O sucesso foi imediato e as ambições altas: expandir mercado e conquistar o território americano.
Para isso foi aberta a filial japonesa num pequeno lote nos E.U.A onde a primeira campanha foi feita pelos próprios funcionários da empresa, e, adivinhaaaaa... um FRACASSO TOTAL, os jogadores norte-americanos que já tinham quase que perdido o interesse por videogames, nem ligaram para o produto e sua péssima propaganda. Não obstante feita nova tentativa um ano depois, com o nome rebatizado em terras gringas de NES, Nintendo Enterteinament System, ou Sistema de Entretenimento Nintendo. Este por sua vez, foi lançado com uma propaganda muito melhor (qualquer coisa é melhor do que a propaganda passada queos pouquíssimos funcionários da empresa que nada entendiam da febre dos videogames, muito menos de comercial...) e com um certo bigodudo com um macacão vermelho estrelando o jogo de estréia, quem será? Ele mesmo Mario no jogo Donkey Kong. Sucesso absoluto de vendas.
A febre invadiu os Estados Unidos e quase um terço das famílias americanas tinham um NES em sua casa. Essa geração contou com clássicos como Contra, Pac-Man, os primeiros Marios, até Metal Gear Solid apareceu nessa empreitada.
Isso incentivou muitas pessoas, sonhadoras e que queriam uma nova experiência em jogar videogames, novos modos dando combustível à imaginação de desenvolvedores, empresas e fazendo a história prosseguir com seu rumo.
Mais tarde vieram o Mega Drive, com seu mascote Sonic, Super Nintendo e, finalmente, em 1994 um lançamento que para sempre iria mudar a história dos videogames, um divisor de águas, um tal de PlayStation... Sim foi nesse tempo que a Sony lançou seu console que ia deixá-la para sempre marcada no negócio de videogames, console este que foi um dos primeiros a ter o 3D como sua principal característica, a mudar a temática dos jogos, tendo jogos de tiro com violência e deixando de fazer com que videogames não sejam só para crianças, um que fez enorme sucesso ao redor do mundo.
Pois bem, a já sonhadora, imaginativa comunidade de videogames, viu novas perspectivas, novos jeitos de pensar, a quebra do paradigma 2D rumo ao 3D. Novas trilhas foram abertas e novos rumos à história. Surgiram depois deste o Nintendo 64, Play 2 seu sucessor e Xbox, além dos agora lançados consoles de nova geração que falarei daqui a pouco.
Juntos Play 1 e Play 2 venderam 100 milhões de unidades, marca para ninguém botar defeito e que consolidou a hegemonia da Sony.
Hoje tem-se consoles com gráficos ultra realísticos como o Xbox 360, lançado faz algum tempo e o PlayStation 3, o qual em aspectos tecnológicos poderia ser considerado um supercomputador "acessível" à população. Ainda à parte há o Wii que não prima pelos gráficos e sim pela intensa interação entre jogo/jogador, sendo revolucionário por fazer o jogador entrar na pele do avatar virtual e levá-lo a novas experiências.
Assim termina minha breve história dos videogames e entrando na questão, como será o futuro dos jogos.
Bem, começo dizendo que maravilhoso. Creio fortemente que o Wii lançou uma tendência, interatividade muito maior, o que pode-se ver pelo seu estrondoso sucesso de vendas. É maravilhoso você poder se movimentar e em resposta a isso o avatar do jogo realizar alguma ação. Unido a isso temos os gráficos ultrarealísticos do Play 3 e do Xbox 360, verdadeiras obras-de-arte quando vistos em seu total potencial.
Saindo um pouco dos consoles temos outras maravilhas tecnológicas acontecendo. O reconhecimento de voz, que possibilita a interação Homem Máquina mais natural, intensa e confortável. Também os mais recentes algoritmos de detecção de movimentos, de I.A., os quais fazem que o software que o Hardware acompanhe faz coisas maravilhas, como por exemplo seguir os movimentos da face ou de qualquer parte desejada, além de muitas outras ações possíveis.
Outras coisas que podem ser citadas são a virtualidade real e realidade aumentada, siglas que vem se difundindo no mundo da realidade virtual.
A virtualidade real consiste de um dispositivo que captura o que você faz no mundo real e transpõe isso para o virtual. Um exemplo é movimentar a mão no mundo real e uma mão virtual fazer o mesmo movimento. Isso é o que de fato acontece no Wii, apesar de ter uma grau de limitação.
A realidade aumentada consiste de dispositivos que projetam a imagem no mundo real e que são programados para quando você "tocar" na projeção a fazer movimentar, como se aquela projeção virtual fosse real.
Tudo isso que foi comentado nesses últimos parágrafos provavelmente estará de um jeito ou de outro numa futura geração de consoles e influenciarão os jogos desenvolvidos. A interação será forte juntamente com a imersão que esta provocará e então os jogos permitirão fazer coisas impossíveis até bem pouco tempo atrás.
Então eu digo, espere até o futuro vir, pois ele promete.

Nenhum comentário: